Autores: Nina e Igor
Os Filhos estão Aqui
2007, Florianópolis
Estava tudo escuro, mas os quatro garotos e a única garota no aposento viam tudo muito bem. Ternamente, ela puxou o pano e entregou-o a um loiro atrás dele. O jovem moreno adiantou-se e encaixou perfeitamente no armario a maquina.
"Aqui ela não cairá em mãos erradas."
Confirmou ele.
"Mas devemos manter em segredo, Igor."
Lembrou o loiro, devolvendo o pano a garota.
"Marco, lembre-se que esta é a casa dele... Ele não vai entregá-la de mão beijada!"
Riu a garota com irônia. Um jovem de cabelos encaracolados e longos virou os olhos.
"Vamos embora."
Gaguejou ele.
2023, Florianópolis
O entardecer estava realmente lindo para o garoto que o contemplava, sentado no muro. Cabelos castanhos e olhos esverdeados, ele sempre adorara o pôr-do-sol. O pai era escritor, sempre quis ser também. Gostava de ouvir, ao pé da fogueira, as histórias que ele e seus amigos contavam sobre o submundo. Mas não acreditava; e lá estava ele, Vitor Catão Martins Vaz, sentado no muro a ver o sol ir embora por detrás do morro da cruz e o céu escurecer.
Em uma pracinha em frente, três garotos jogavam futebol e uma garota com sua amiga trepava na árvore, enquanto o seu cachorro estendia o fucinho para ela acariciar. Seus amigos estavam lá, se divertindo, mas ele queria ficar só. Ficar só, e pensar.
Vitor sempre fora apaixonado por histórias irreais, de fadas, princepes, lugares fantásticos que ele queria conhecer e lutas contra monstros para salvar princesas aprisionadas. Acontece que, mesmo achando os meninos os melhores, tinha que admitir que era amigo de uma. E se acontecesse algo assim, ela não seria a princesa!
O sol se pôs e a escuridão repentina estava chegando. Os jovens do futebol foram para casa, e as duas amigas dispediram-se com o cachorrinho a pular de alegria. Mas apenas quatro jovens, garotos e uma garota, não saíram da praça. Eles foram até o muro, ver o amigo.
"O que está acontecendo, Vitor?"
Perguntou Priscilla, a única menina do grupo. Tinha cabelos escuros e olhos castanhos, como a mãe, Nina, mas não era tão irônica quanto ela. Vitor sorriu falsamente.
" Não é nada, ó..." E levantou-se a rir. "Eu estou bem."
Um garoto loiro riu e 'tocou' na mãe do amigo. Luiz, filho de Marco, com olhos verdes e cabelos loiros como o pai. Apenas mais louco do que este.
"Certo! Como combinamos, vamos na sua casa hoje, Vitinho!" Brincou com algo real, enquanto apontava para a casa de Vitor. "E vamos arrazar!"
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2 comentários:
vitor catão martins vaz
conta outra
hahahahahahahahahahahahahahhaha
ele é meu filho hahahahahahah
ta muito bom
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